sábado, 17 de janeiro de 2015

A Carência é Nossa Inimiga Número Um!

 Você já parou para pensar nas besteiras que faz por carência? Liga para relacionamentos falidos, dá bola para babacas.
O que a maioria de nós leva para o relacionamento não é a plenitude, mas a carência.
A carência implica uma ausência dentro de si... A carência é uma força poderosa, capaz de criar ilusões poderosas. 
Ninguém pode realmente entrar dentro de você e substituir a peça que está faltando.

"Martha Medeiros"
A Carência!
Quando ela chega, não dá para fingir sua presença. 
Vem com vontade e pede toda sua atenção. Não tem hora marcada, não tem dia apropriado, não faz distinção.
 Ela te encontra, independentemente se você é homem ou mulher, magro(a) ou gordo(a), bonito(a) ou feio(a).
A Carência!
 Simplesmente aparece, sem ao menos ser convidada. 
E o pior: costuma exigir tratamento VIP, com direito a presentes, bebidas e chocolates... O nome da visita? Carência. Um sentimento que, não necessariamente, condiz com a realidade, mas que traz uma sensação muito verdadeira de vazio para quem resolve abrir a "porta da casa".

 A questão é: como lidar com ela, uma vez que tenha entrado?

"Este sentimento está relacionado ao medo da solidão. 
Muitas pessoas precisam do outro para estarem bem", diz a psicóloga Karen Camargo. Para ela, é normal passarmos por momentos de fragilidade na vida. 
Tanto na infância, quando a criança necessita dos cuidados da mãe, como também na fase adulta. O fato é que não podemos precisar do outro com freqüência.
 "É impossível que alguém preencha nossa carência 100% do tempo. É necessário que se aprenda a lidar com a vida de uma maneira solitária.
 
Nascemos e morreremos sós", afirma a psicóloga "Karen Camargo" . Mas ela admite que, apesar de necessário, aprender a não depender emocionalmente dos outros é dolorido. "A cultura, de certa forma, nos solicita estarmos com alguém. 
"É ruim admitir que precisamos do outro para ser feliz ou que temos medo da solidão. Pode ser, para alguns, sinônimo de fraqueza "
E esse alguém, do qual "se precisa", não vai estar apenas nos relacionamentos amorosos. 
Pode estar também nas amizades, na família etc. A carência remete à falta de amor - sentimento que pode ser encontrado e cultivado em vários tipos de relações.
 "Não quer dizer que a pessoa não receba amor.
 Trata-se de uma avaliação pessoal, que pode não ser real", comenta o psiquiatra Luiz Alberto Py, autor do livro "Saber Amar". Segundo ele, ao estar carente, a pessoa quer ser amada não só no presente, mas por tudo que já faltou para ela no passado. Ou seja, a carência de cada um depende da história que carrega.
 Pode ser leve e ser sanada com um colo e cafuné, ou não. Pode perdurar e sair do controle de quem sente.
 E como diz a letra de Cazuza, a pessoa então segue, "levando /um coração dependente/viciado em amar errado/crente que o que ele sente/é sagrado".
Torna-se então um problema quando não se consegue suprir essa necessidade. E a visita, dona carência  já está lá espalhada em cima de sua cama, abrindo a porta da geladeira, tomando conta de tudo. De acordo com Luiz Alberto Py, quando não se consegue administrar essa situação, de duas uma: ou começa a cobrar manifestações de amor ou canaliza isso para outro lugar. Explicando: compra muito, come demais, fuma, bebe, enfim, faz coisas que lhe dão prazer e aliviam esse sentimento. 
Você pode descobri que mesmo tendo um companheiro(a) você é carente.
Então você procura muitas vezes, conversar com as pessoas em busca de ajuda e carinho, mas acabava as afastando porque age com agressividade.

 " Idealizamos muito o cuidado que queremos ter dos outros, a atenção que queremos das coisas e do mundo. 
Tomamos atitudes esperando recompensas para aliviar esse sentimento.
 E elas nem sempre vêm!"