sexta-feira, 17 de abril de 2015

Não Quero Nada. Só Quero no Meu Corpo...

O cheiro das maçãs verdes.
Hoje habito em parte incerta numa luz fria de inverno
vestida de noites nuas de mãos
onde nenhuma água me pode matar a sede.
Não me tragas vestes de cores exuberantes
ou melhor não me tragas nenhumas vestes
não me tragas mais nenhuma luz 
que me fere mais a memória ainda acesa.
Não quero nada.
Só quero no meu corpo 
o cheiro das maçãs verdes da minha infância.
A lua morreu em praias longínquas.

                                                                                                   "Margarida Sorribas"
(Reservados todos os direitos de autor)



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