sexta-feira, 14 de agosto de 2015

"...Tenho os meus espelhos lúcidos a minha cama desfeita..."

PALAVRAS INVENTADAS
Hoje despi-me de tudo
do mundo
das roupas
e abri a porta da sedução
Tenho os meus espelhos lúcidos
a minha cama desfeita
e mãos sôfregas
A imaginação ferve
o tempo revive de ti 
com espasmos de prazer
abraçando a nudez do corpo
que se agita de palavras inventadas
As mãos soltam-se
encontram refúgio
e os olhos saboreiam 
a apoteose do momento
que consome carne e espaço
E entre gritos e gemidos
nos lamentos de corpo ausente
as mãos procuram na onda alucinada
o prazer que deságua

António Sem.
(reservados todos os direitos ao abrigo do Código de Autor)



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