sábado, 28 de abril de 2012

Entenda seu cérebro! E de onde vem a depressão.


Neste exato momento, suas memórias, dores, sensações, cheiros presentes e passados, cores, formas e estas letrinhas que você está lendo no blog passeiam por sua cabeça. 

 Convertidas em impulsos elétricos e substâncias químicas, as informações trafegam pelos 100 bilhões de neurônios do seu cérebro o número aproximado de árvores da Floresta Amazônica pegando atalhos entre trilhões de conexões tantas quanto as folhas da mesma floresta. 


Basta isso para entender por que ainda sabemos tão pouco sobre o cérebro. Eis um órgão complicado.

Mas o pouco que conhecemos dele é absolutamente fascinante e o livro da neurocientista Susan Greenfield, da Universidade Oxford, é a melhor prova disso. Com uma prova clara e empolgante, Greenfield mostra como as diferentes áreas cinzentas nos comandam, conta que cada função é realizada em muitos lugares ao mesmo tempo e explica como surge a consciência. 

Em geral, foi estudando pacientes com áreas do cérebro danificadas que se acabou descobrindo para que elas serviam.


Um exemplo é o dos veteranos da Primeira Guerra Mundial que se julgavam cegos, mas, uma vez desafiados a adivinhar qual objeto estava na sua frente, acertavam sempre. 
Nesse caso, as bombas da guerra tinham destruído os neurônios responsáveis pela tomada de consciência do que se vê, porém os que processam as imagens estavam preservados. Acredite: eles viam, mas achavam que não viam. 
 Saibamos: Fatores biológicos. Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, adrenalina e noradrenalina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. 
Para quem acha que tudo na vida é feito por erro humano consciente, no entanto mutas coisas acontecem pelo não conhecimento completo de como funciona o nosso cérebro. 


 Incrível  e terrível, é a história do bebezinho que usou uma venda em um olho, por causa de uma infecção, durante meses. 
Quando a tirou, estava cego desse olho, para sempre. 
O cérebro, ao não receber estímulos do globo ocular tapado, não se conectou a ele. E, se algo não está ligado ao cérebro, é como se não existisse.




SUPER - Um dia vamos desvendar o cérebro?
Susan Greenfield - Vamos entender mais a química que acontece lá. O difícil é descobrir como ela traduz um sentimento. Sabemos que o antidepressivo Prozac age sobre uma substância chamada serotonina. Mas não temos idéia de como ela nos deixa menos deprimidos.

Os computadores poderão reproduzir a mente?
Computadores têm aprendizado e memória, não consciência. Eu quero ver um computador ter dor de cabeça ou se apaixonar. Um bebê, mesmo com pouca memória, é consciente. Tem emoções, fica feliz e chora. Isso nenhum computador faz.


É verdade que usamos apenas 10% da capacidade cerebral?
Não. Realmente, só 10% das células geram sinais elétricos a cada momento. Mas os outros 90%, embora silenciosos, devem estar fazendo algo importante, inibindo outros neurônios ou estando eles mesmos inibidos. Estamos usando o cérebro todo a maior parte do tempo.

Podemos ensinar habilidades ao cérebro?
Sem dúvida. Ele é igual ao que tínhamos há 50.000 anos. É excelente para adaptar-se e por isso não precisou mudar.
Essa versatilidade pode explicar o poder de concentração dos monges do Oriente que se dizem capazes de controlar os batimentos do coração?
Certamente. O cérebro tem muitos poderes. Alguns ainda estão muito longe da nossa compreensão. 
Veja, por exemplo, o efeito placebo: se você toma água com açúcar e o seu médico diz que é um remédio poderoso, a doença melhora.












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